Sou como um náufrago perdido na imensidão do oceano.
Pendurado na abóboda celeste, navego à deriva, sem destino.
No vazio desta tremenda solidão, pergunto às estrelas:
Qual a corrente que me trará de volta para mim ?
Ah!... Porque, sim, ela virá, com certeza.
E, num átimo de segundo,
Me arrebatará para o infinito dos céus.
E lá, acima dos ventos, das chuvas e das nuvens, olharei para mim.
E rirei da mesquinhez dos meus desejos;
Dos tempos do querer; do ter sem possuir.
Meu olhar sereno se derramará sobre ti.
És o que sobrou desta viagem louca pela Terra.
Em teu colo descansará minha cabeça.
Tuas mãos recolherão minhas lágrimas.
E eu serei feliz por mim...
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