quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Sereia - Gilmar Zonatelly


De que adianta o mundo ser grande
se não tenho você nos meus braços,
pra ser feliz, e te amar por inteira.
Quando ascende, a primeira luz no céu
sinto saudades de você minha sereia,
dos momentos que juntos vivemos
andando livres na areia da praia,
nas noites estreladas e de lua cheia.
Meu olhar se perde no infinito
com a esperança de poder te abraçar,
busco você nas ruas da cidade
mas sei que vou te encontrar,
porque você minha amada sereia
vive eternamente dentro do mar.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Na prisão com versos - Marcio Ribeiro

Quando consigo ser eu, já não sou.
És Tu, eterno em meu querer,
Quando de longe me vejo, no sujo ser que pareço,
Pereço, pois sou e não sou,
Mesmo querendo fugir do apreço do ego.

Refém dos versos, submerso na paisagem da vida,
Tenho minha lida, desejada e perseguida,
Buscar e encontrar-te são desejos infindos,
Refletir sobre teu rosto, fugir do oposto,
Navegar em mares conhecidos, pleitear e ser adorno.

Essa é a busca que de manso vou almejando,
Desejando no seio da tua promessa,
O reencontro, por mais feito teatro,
Sou desejo e sou fraco, embebido no teu abraço,
Nem por isso desisto da lida dos meus traços.

Quero aquietar-me e no devaneio deste mundo
Ir ao profundo de meu ser, pois lá certamente te encontrarei.

sábado, 22 de janeiro de 2011

BELA MULHER –Alfredo Mustafem

A porta estava entre aberta
E você bela mulher
Chegou tão envolvente
Seus olhos brilhavam
Como gotas de cristal
Seu perfume me seduziu
Chegou embriagar-me
Convidei para dançar
Seus cabelos cacheados
Balançaram com o vento
Sutilmente tocaram
Por todo o meu rosto
Por um momento pensei
Que estava sonhando acordado
Só acordei do sonho bela mulher
No momento que seus lábios beijei

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O tempo passou... Suian Camille

Tanto tempo que passou,
Quanta coisa aconteceu.
O sentimento que em mim ficou,
Hoje já morreu.
De nós, já não resta mais nada.
Por muito tempo vivi magoada.
Sofrendo calada.
Padecendo só,
Num emaranhado de dor
Lamentos, sofrimentos e amor.

aniversário de Dora e Augusto






Eram poucas as pessoas, contudo, a animação era inversamente ao número de convidados.

domingo, 16 de janeiro de 2011

PAZ, PARA AMAR – Sinval Silveira

A noite, silenciosa, hipnotiza o oceano.
A areia branca, lambida pela maré,
renova sua linda aparência.
A água, faceira, parece falar teu nome.
As gaivotas, boêmias, esvoaçam em
rasantes carinhosos, como recadeiras
da felicidade.
O cenário seria perfeito,
não fosse a tua ausência.
O justo clamor da minh'alma se fez ouvir.
Não consigo identificar a nascente, se
do céu, da terra ou do mar.
Mas surges com o esplendor apoteótico
de uma rainha, na imponência, ou de
uma súdita, na humildade da obediência.
E os pássaros te seguem, num sagrado
ritual de amor.
Enquanto caminhas, tudo silencia.
O vento, o mar ...
Teus passos, repentinamente, mudam
de direção, trazendo, a minha frente,
toda a divina mulher, hospedeira absoluta
do meu coração!
O abraço e o beijo, que deixam de
ser longos para serem eternos,
testemunham a união de dois seres,
que nada exigem da vida, além da
paz, para amar!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

UM AMOR REAL - Vera Portella

Der repente  dois olhares se cruzam,  como que por encanto, nesse instante, embora cercados de pessoas, sentem-se como se só  existissem os dois naquele ambiente, uma onda de ternura e afeto tomam conta de ambos; não conseguem mais desviar a atenção de um para com o outro.  Nunca tinha se visto antes, mas a impressão é de que sempre estiveram ligados  de alguma forma. Percebem que aquele encontro não fora casual... mas predestinado.   A atração um pelo outro é fatal, e desse momento em diante,  nem que quisessem,  não conseguem mais afastar-se um do outro.  Um carinho e um cuidado especial passam a nutrir, sentindo-se como se fora guardião um do outro. Passam a sentir todas as reações e a perceber,  como que por um milagre, tudo o que o outro sente... quando tem sede...calor..fome...desejo...dor...alegria ...enfim, são simplesmente almas gêmeas. Quando juntos... Olhos... pele..cabelos se tornam muito mais brilhantes e vivos.  Os dois seres ,  como em  um bailar de flores silvestres  ,puros e lindos, se abraçam , flutuam em um paraíso encantado e angelical e desejam que esse momento não acabe jamais.  Os apaixonados envolvem em deliciosos sentimentos de amor, carinhos , e desvelos um para com o outro e sem a menor dúvida percebem a presença de Deus a seu lado.  Um amor completo...onde a verdadeira essência, onde a rara conexão entre dois seres é perfeita. Dois corpos que se fundem em um amor cheio de criatividade, cheio de ternura, carinho e um desejo nunca sentido, nunca imaginado, nunca sonhado, os transformam em um casal inseparável, nada, nem ninguém, mesmo que quisesse poderia diminuir a chama permanente e crescente a cada minuto   desse  AMOR REAL!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Beleza interior - Paulo Berri

Quem é o melhor?
Cada um no seu canto!
A força do homem
Da mulher, o encanto
 
Só vou dar um aviso
Somos diferentes por certo
Mas com certeza não vivo
Sem a mulher por perto
 
Ele - foi o primeiro
Diz a revelação
Ela. . .  nasceu da costela
Da costela de Adão
 
A Beleza interna
Supera a externa
A de fora envelhece
A de dentro é eterna!
 
# Às mulheres belas de Alma!!!

sábado, 1 de janeiro de 2011

HOMEM DO CAMPO - Sinval Silveira

Mãos intumescidas pelo estafante trabalho.
À cabeça, procurando proteger-se do sol escaldante,
o chapéu de palha, símbolo da humildade.
As roupas surradas, denunciam a falsa aparência da
                                                             [mendicância.
O deslocamento é longo e o caminho íngreme.
O mato rebenquea seu corpo, impiedosamente.
Os ajudantes de tração, bafejam o ar quente
pelas narinas, misturando-se à neblina,
ainda presente.
O cenário é grotesco, medieval.
A tarefa é penosa, pois dos seus braços
depende a sobrevivência.
Tudo lhe é adverso.
O bravo homem, resistindo às intempéries,
reúne suas forças a dos animais, e não
se curva à derrota.
Servindo-se do sacho, moqueia os canteiros,
embelezando-os.
Um enxame de besouros saúda, carinhosamente,
sob o som frenético de pintassilgos e
a crença no sucesso.
Agora, engravidada pelas férteis sementes,
a terra se rende e os frutos desabrocham.
A admiração pela vitória, prevalece.
Vencem o trabalho honesto e a persistência,
restando, à humanidade, o grande exemplo
do homem do campo!