domingo, 28 de outubro de 2012

Defina-me - Lucilia Mendes


 Em uma única palavra
Serás capaz de me definir?
Algumas pistas descobertas
Por minha postura correta
Sem orgulho sentir.
Meu sorriso marcante
Brilho verde, olhar constante.
Simplicidade no vestir.
Tranquilidade de mulher madura
Ternura e carinho quase uma formosura
Liberdade em ir e vir.
Raiva em pequena quantidade.
Somente para dar coragem
E depois perdão pedir.
Saudade e melancolia sentimentos
Pura sintonia
Com tendências a evoluir.
Criatividade desde a mocidade
Vivendo a vida com vontade
Nunca pensar em desistir.
Paciência e tolerância
Mesmo quando criança
Tentaram meus sonhos impedir.
Romantismo fundamental
Paixão, amor, beijo é vital.
Nesta existência permitir.
Então, serás ou não.
Capaz de me definir?

26/07/12.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

IDENTIDADE DO AMOR - Regina Porto


o    I  Mandaram-me fazer um poema sobre o amor.
Sem nomes, sem formas, simplesmente poesia.
Mas, como posso eu escrever sobre o amor sem te citar?
Seria o mesmo que fazer versos sem rimas...
Delírios de poetas loucos.
Diz-me! Como se faz poemas para a poesia?
Não seria o mesmo que talhar para o escultor.
Desfiguraria o modelo!
Como posso eu dizer em poesia a poesia do teu tocar?
Como posso eu falar dos cheiros em poesia?
Rotular-me-iam de devassa, louca desvairada
Diz-me então por favor!
Como posso fazer poemas sobre o amor
sem falar naquele fio de cabelo prateado que,
Se agarrava no meu travesseiro noites a fio, negando-se a partir contigo?
Diz-me como posso fazer poemas de amor
sem que a minha pele fique arrepiada a lembrança da tua?
Como posso escrever sobre o amor,
      Onde estão as palavras que contem sobre o fogo do teu olhar!
Como dizer em poesia que, a lua muitas vezes se despia,
Nos emprestava o luar e deitava-se em nossa cama,
   E eu brincava em teu corpo, te pintando de prateado em uma obra de arte não assinada
Quem iria acreditar que o amor tem braços fortes e abraço suave?
Que tem cabeça, tronco, membros e é dotado de asas.
Como posso fazer poemas sobre o amor
  Sem falar no teu andar de homem do mar, ora pra lá... Ora pra cá...
Quem iria acreditar que houve noites em que as estrelas se esconderam,
      Para que o sol pudesse brilhar nas gotas de suor que vertiam do teu corpo? 
     Diz-me agora! 
     Como posso eu falar de amor sem te identificar

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Concha - Ivan Alves Pereira - Cazzivan


Vazam das paredes, balcões e altares as notas amarelo-ouro do barroco.
No campo esvoaçam as cabeleiras ninfas que so recuam na  busca do infinito.
Vozes sopranos passam sobre línguas revelando sabores semelhantes a hóstia.
O deus cheira feromônios enquanto observa suas minas arretadas e carnudas.

Dar assistência é palavra de ordem. O cio acontece na preservação da espécie.
O maior número no menor espaço implica em eficiência e desejos. Deus é Deus!
Pan (Pã), deus dos rebanhos e pastores, chifrudo, tocava as ninfas até sem flauta.
Notas corriam pelo bosques e céus enquanto elas corriam para serem pegas.
Netuno sempre foi e será o grande abastecedor, com sua mangueira, das conchas.

                                        

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A GARÇA CHEIA DE GRAÇA - Marta Carvalho



Caminhando toda elegante,
Altaneira, branca alvejante,
Vejo uma garça, cheia de graça,
Difícil definir tanta beleza,
Deste ser de rara delicadeza.

Ao pescar com muita sutileza,
Num rápido mergulho,
Alcança sua presa,
Com incomparável destreza.

Um forte vento assobiante,
Faz seus pés ligeiramente vacilantes,
Num voo garboso e flutuante,
Agita suas asas flamejantes,
E eu fico admirando nesse instante,
A pureza e a charmosa leveza
Da bela ave radiante!

domingo, 21 de outubro de 2012

ATA DA REUNIÃO DO MÊS DE OUTUBRO DA ASSOCIAÇÃO DOS CRONISTAS, POETAS E CONTISTAS CATARINENSES (ACPCC)


ATA DA REUNIÃO DO MÊS DE OUTUBRO DA ASSOCIAÇÃO DOS CRONISTAS, POETAS E CONTISTAS CATARINENSES (ACPCC)

Às quinze horas e dez minutos do dia vinte de outubro do ano de dois mil e doze reuniram-se na Biblioteca Pública Professor Barreiros Filho, no bairro Estreito, os seguintes associados e convidados: Susana, Daniel, Nadir, Neide, Deyse, Paulo, Hiamir, Célia, Marta, Maria das Graças, Julia Souza, Ary e Ivan. Na ausência do presidente Augusto, a reunião foi presidida pela diretora de eventos Hiamir Polli, que parabenizou todos os associados pelo Dia do Poeta. Destacou também os seguintes assuntos: dia 01/10, instalação da Academia de Letras dos Militares Estaduais. Dia 06/10, sessão saudade da Academia de Letras de São José, em homenagem à confreira e associada Nídia de Bem. Dia 18/10, sessão solene em homenagem ao transcurso do Dia do Escritor Alcantarense, da Academia Alcantarense de Letras (São Pedro de Alcântara), sendo homenageadas as acadêmicas Nilza Kretzer Deschamps e Osmarina Maria de Souza. Na ocasião, a associada Inês Carmelita Lohn lançou duas obras literárias, A Trajetória de um Vencedor (romance) e Chico e Beto (infantil). Todos os acadêmicos, autoridades e representantes de academias de letras e associações literárias presentes no evento foram agraciados com a medalha Dia do Escritor Alcantarense. As associadas Idê, Susana, Hiamir e Inês também receberam a referida medalha. A associada Susana Zilli representou a ACPCC no lançamento da 2ª Antologia da Associação Literária Florianopolitana, realizado no dia 19/11, no Espaço Cultural Rita Maria. Dia 25/10, às 20 horas, sessão solene de posse dos acadêmicos da Academia de Letras dos Militares Estaduais, no Auditório Antonieta de Barros, Assembléia Legislativa de Santa Catarina. Dia 22/11, sessão solene de posse dos novos acadêmicos na Academia Desterrense de Letras, às 19h30min, no Auditório Antonieta de Barros, Assembléia Legislativa de Santa Catarina. A festa de fim de ano será realizada entre a ACPCC e a Academia São José de Letras, sendo data, horário e local a serem ainda definidos. Maria da Graça Soares, professora da Escola Reino Azul, no Bairro Ipiranga, convidou a ACPCC para uma visita à escola. Aniversariantes do mês de outubro: Inês (08/10) e Hiamir (16/10). Susana Zilli de Mello, secretária, sem mais nada a tratar, lavro esta ata que deverá ser postada no blog da ACPCC. Florianópolis, 20 de outubro de 2012.


             Susana Zilli de Mello                                    Augusto de Abreu
                     Secretária                                                     Presidente

sábado, 20 de outubro de 2012

Rita Padoin e Augusto de Abreu lançam seus livros na Livraria Fátima em Criciúma 201 de outubro














O ser poeta - Maria Rosana Chiodini Ineichen.


Extrai do sagrado as vozes velozes da consciência 
Mergulham na onisciência que brotam versos, bailando nas estrofes.
Parecendo uma valsa contagiante de vocábulos que explodem
Buscam palavras para traduzir seu sentimento...
sensibilidade é seu guia e tudo começa a se tornar poesia
Deleitam a imaginação dos leitores, 
Enfeitiçam os corações...
Com a arte de namorar com os versos...
Lampejando a essência dos interlocutores
Quem estava no deserto,
Encontrou um oásis! 
Alienação cedeu
Novos olhares para argumentação, 
A Contextualização
A Contemplação
Doravante
Seus poemas são um vício, 
Um entorpecente, 
Uma profecia... 
Uma oração diária de muitos leitores
De vários lugares e sabores; 
Parabéns profetas pelo seu dia!!


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A GARÇA CHEIA DE GRAÇA - Marta Carvalho


Caminhando toda elegante,
Altaneira, branca alvejante,
Vejo uma garça, cheia de graça,
Difícil definir tanta beleza,
Deste ser de rara delicadeza.

Ao pescar com muita sutileza,
Num rápido mergulho,
Alcança sua presa,
Com incomparável destreza.

Um forte vento assobiante,
Faz seus pés ligeiramente vacilantes,
Num voo garboso e flutuante,
Agita suas asas flamejantes,
E eu fico admirando nesse instante,
A pureza e a charmosa leveza
Da bela ave radiante!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

IDOSO NO CINEMA - Claudete T. da Mata



Certa vez, numa parada de ônibus, duas idosas comentavam sobre o susto que passaram com um idoso estrangeiro, morador de Pindamonhangaba, que foi ao cinema com o seu bicho de estimação.
O idoso entra na portaria do cinema, todo alegrinho. No balcão, o bilheteiro assustado, olha o galo e vai logo ao assunto.
­ − O que é isso no seu ombro, Senhor? Questiona o bilheteiro, já um tanto irritado. Por sua vez, o idoso orgulhoso, responde com aquele sorrisão até as pontas dos brincos de suas orelhas.
− Meu filho, este e o meu galo de estimação, raça "Galiformes". Comprei numa exposição no "Egito", num torneio que me custou os olhos da cara, tchê. Não gostou?
− Meu senhor, realmente, é um belo galo, mas vamos parar de gracinha. Não permitimos animais no cinema, e o Senhor já está careca de tanto saber disso! Responde o bilheteiro, cortando a conversa, com o rosto roxo de raiva, barrando o idoso.
Mas o idoso, aparentemente calmo, concorda e pede licença para ir ao toalete. Sentado no vaso sanitário, ele abre a braguilha da calça e enfia o bicho na bombacha. Depois retorna como se nada tivesse acontecido.
No meio do alvoroço, o esperto idoso, infiltra-se na fila e compra o ingresso. Enfim, entra no cinema e senta-se ao lado de duas idosas cheias de frescuras. Quando o filme começa, o gaudério abre a braguilha para o galo respirar um pouco. O danado do bicho, quase sufocado com o cheiro da cueca samba canção, bota o pescoço pra fora, todo feliz! Nesse momento uma das idosas cochicha no pé da orelha da outra:
− Matilda! Dá só uma espiada, acho que o velho ao meu lado é um tarado sem vergonha!
−  Por quê? Indagou a outra, já morrendo de curiosidade.
A colega responde num ímpeto, exteriorizando a sua indignação.
− É que o safado desavergonhado botou o negócio dele pra fora.
A colega, relembrando os tempos de outrora, sentindo aquele calafrio de arrepiar os cabelos das pernas, foi logo falando:
− Ah, não se preocupe... Apenas procure lembra que na nossa idade nós já vimos de tudo. Retrucou a colega, sacudindo as pernas pra lá e pra cá, com aquele brilho nos olhos. A outra, tentando disfarçar o entusiasmo, fala com a cabeça erguida, empinando o nariz, olhando o bicho de cima pra baixo.
− É mesmo... Eu sempre pensei a mesma coisa. Afinal, sou filha de Deus, né? Mas, o danado do negócio tá comendo toda a minha pipoca... O que faço?
− Aproveita, e esqueça as pipoca!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Rita Padoin e Augusto de Abreu lançam livro em Criciúma

Dia 20 de outubro, Dia da Poesia, às 10 horas na Livraria Fátima, em Criciúma Augusto de Abreu e Rita Padoin estarão lançando seus livros Mundo Novo e O despertar do silêncio.





segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Anata Esther e Augusto de Abreu visitam a Escola América Dutra Machado

Foi uma visita para lá de gratificante, realmente muito emocionante poder falar com as crianças da Escola América Dutra Machado, ver também o entusiasmo dos professores. As crianças se animaram e foi aquela festança. Até na rádio da escola o Augusto e eu falamos. O Varal da ACPCC está lá esticado para o pessoal ler com calma. Seguem aqui as fotos para vocês terem uma ideia melhor.
Abraços,
Ana Esther






































Oi Ana Esther e Augusto! Se você vibrou, imagina eu, vendo a alegria contagiante de vocês e o estímulo que deixaram`aos nossos alunos. Devo dizer que durante todo aquele dia e no dia seguinte algumas crianças estavam tão entusiasmadas que deixaram a professora da Biblioteca e eu enlouquecidas, não sossegaram enquanto não conseguiram emprestar os livrinhos novos para ler, você acredita? Quando eu disse que deveriam esperar um pouco para que cadastrássemos os livros, o grupinho disse: -Então dá qualquer livrinho, nós queremos ler! Isto não tem preço e não há como pagar, podem ter certeza! Muito obrigada por este momento especial. Pena que à tarde, não foi ninguém, acredito que não deu certo para virem, mas eu peço por favor, se puderem mobilizar alguém para vir, ou se vocês pudessem fazer isto, não imagina que felicidade sentiríamos. Vou aguardar ansiosamente uma resposta positiva ok?  Vou tentar encaminhar  algumas fotos depois, também tenho recorte de filmagem. O que não conseguir agora, vou encaminhando certo. Obrigada pelas fotos enviadas, adorei. Beijo bem carinhoso a vocês. 
Maria Clara