quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Concha - Ivan Alves Pereira - Cazzivan


Vazam das paredes, balcões e altares as notas amarelo-ouro do barroco.
No campo esvoaçam as cabeleiras ninfas que so recuam na  busca do infinito.
Vozes sopranos passam sobre línguas revelando sabores semelhantes a hóstia.
O deus cheira feromônios enquanto observa suas minas arretadas e carnudas.

Dar assistência é palavra de ordem. O cio acontece na preservação da espécie.
O maior número no menor espaço implica em eficiência e desejos. Deus é Deus!
Pan (Pã), deus dos rebanhos e pastores, chifrudo, tocava as ninfas até sem flauta.
Notas corriam pelo bosques e céus enquanto elas corriam para serem pegas.
Netuno sempre foi e será o grande abastecedor, com sua mangueira, das conchas.

                                        

Nenhum comentário: