quinta-feira, 31 de março de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
ANIVERSÁRIO DA ACPCC E SARAU
Há 16 anos foi fundada a Associação dos Cronistas, Poetas e Contistas Catarinenses – ACPCC. Sonho de Maria Vilma Campos que juntamente com Vilma Bayestorff e Osmarina Maria de Souza, amigas e escritoras, semearam o sonho de agregar em uma associação poetas, cronistas e contistas do Estado de Santa Catarina.
Esta semente caiu em solo fértil e em 30 de março de 1995 foi fundada a ACPCC. Desde então esta árvore frutificou e dela nasceram a Academia São José de Letras, a Academia de Letras de Biguaçu,e a Academia Desterrense de Letras, a Academia Catarinense de Letras e Artes, entre outros.
Para comemorar a data a Associação dos Cronistas, Poetas e Contistas Catarinenses – ACPCC – convida para o Sarau de seus associados a partir das 19h30min, no Palácio Cruz e Souza. A entrada é franca.
Esta semente caiu em solo fértil e em 30 de março de 1995 foi fundada a ACPCC. Desde então esta árvore frutificou e dela nasceram a Academia São José de Letras, a Academia de Letras de Biguaçu,e a Academia Desterrense de Letras, a Academia Catarinense de Letras e Artes, entre outros.
Para comemorar a data a Associação dos Cronistas, Poetas e Contistas Catarinenses – ACPCC – convida para o Sarau de seus associados a partir das 19h30min, no Palácio Cruz e Souza. A entrada é franca.
terça-feira, 29 de março de 2011
Hasteando Bandeiras Molhadas – Gabriela Jardim Aquino
Já há tempos
tentei fugir,
mas estava amarrado
até no descanso da rede.
Preguiça contemporânea,
trama de fios, estopa,
levitar apoiado
de quem não sabe voar.
Liberdade. Movimento. Apatia.
Tão perto e tão distante do mar
iludi-me saber andar sobre as águas.
Não querendo ser mais um
galho a afundar.
O vento.
A dúvida
de se deixar levar
ou se agarrar.
Liberdade. Movimento. Apatia.
Estouros de emoção.
A visão negra
de quem só sabe
olhar para dentro.
Mas é preciso
agarrar o que é distante,
alongar-se, estender-se
e distender-se de si.
Liberdade. Movimento. Apatia.
Estar preso apenas
por um fio entre
a realidade preto e branco
e todo o colorir
Andando sempre
no mesmo pêndulo.
Andando sempre
sem sair do lugar.
Liberdade. Movimento. Apatia.
Buscar. Eterno buscar.
Insatisfação de quem
se iludi no lúdico
de se recostar.
Querer ser
uma borboleta,
mas apenas prender-se
mais ao casulo.
Liberdade. Movimento. Apatia.
Foi então que
em um impulso,
de quem espera a muito
a beira do precipício, cai.
Agarrando-me até o último fiapo
do que eu tinha na sombra
de um passado, de um inseto preso
na teia diante do céu azul.
Liberdade.
Entregue a nostalgia,
que desperdicei
minhas últimas forças
neste lapso
de tempo incoerente
e ao fim de minha
ambiguidade
libertei-me.
Movimento.
E nos tempos do agora
ninguém mais
pode me ver,
pois quem está
preso a farrapos
só sabe dizer
que panos molhados
são perigosos.
Apatia
aquinojardim@blogspot.com
domingo, 20 de março de 2011
Fotos da reunião da ACPCC do dia 12 de março de 2011
Salvelina, Cristina, Inês e Idê |
Daniel, Simone e Neide |
Idê e Augusto |
Márcio, Daniel e Simone |
Nadir, Sueli e Júlio |
Paulo, Nadir e Sueli |
Márcio, Daniel, Simone, Marta e Claudete |
Simone, Marta e Neide |
Márcio e Daniel |
Terezinha e Lilian Manara |
Idê e Augusto |
Idê |
Inês |
Julio |
Sueli e Jucimara |
Nadir |
Roberto |
Rosa |
Margareth |
Susana |
Claudete |
Daniel |
Márcio |
sábado, 19 de março de 2011
Cuidado - Augusto de Abreu
Cansados de ficar tomando cuidado por viverem em uma cidade grande, Teodoro e Vivian resolveram passar alguns dias em uma pequena cidade do interior (para não dizer minúscula) onde só encontrariam algumas pessoas, muitas vacas leiteiras, cachoeiras, muitas guloseimas e é claro, muitos mosquitos e pernilongos; mas não se importaram com isso, afinal, quem está na chuva está para se molhar e quem vai para um lugar desses não pode se incomodar com esses pequenos detalhes.
Depois de uma tranqüila viagem, chegaram á pousada, desfizeram as malas e foram fazer um passeio para não perderem tempo, pois tinham alguns dias de descanso e desejavam aproveitar o máximo.
Mal puseram os pés para fora da pousada, Vivian começou a falar:
– Cuidado com isso, cuidado com aquilo, cuidado com aquilo outro, cuidado, cuidado, cuidado...
– Você não sabe falar outra coisa? Disparou Teodoro.
– Cuidado, cuidado, cuida... nem chegou a pronunciar a palavra pela terceira vez e Teodoro pisou em um generoso monte de esterco, atolando literalmente o pé na merda.
Vivian disse sem pestanejar:
– É sempre assim. Ele nunca me ouve!
Depois de uma tranqüila viagem, chegaram á pousada, desfizeram as malas e foram fazer um passeio para não perderem tempo, pois tinham alguns dias de descanso e desejavam aproveitar o máximo.
Mal puseram os pés para fora da pousada, Vivian começou a falar:
– Cuidado com isso, cuidado com aquilo, cuidado com aquilo outro, cuidado, cuidado, cuidado...
– Você não sabe falar outra coisa? Disparou Teodoro.
– Cuidado, cuidado, cuida... nem chegou a pronunciar a palavra pela terceira vez e Teodoro pisou em um generoso monte de esterco, atolando literalmente o pé na merda.
Vivian disse sem pestanejar:
– É sempre assim. Ele nunca me ouve!
sexta-feira, 18 de março de 2011
"Diante do Mar" Inês Carmelita Lohn
Em um domingo pela manhã, fui até o mirante do morro das pedras na ilha de SC, que em minha visão é o lugar mais bonito do planeta. Depois de fazer uma meditação, fotografei essa obra de arte esculpida pela própria natureza, e escrevi a poesia.
O mar era verde e azul
E ondas se levantavam
Formavam espumas nas águas
Escoria a brancura
Nas entranhas e rachaduras
Das pedras amontoadas
Gaivotas e andorinhas
Voavam sobre o mar
Um pescador solitário
Tentava seu peixe pegar
Tinha um ar de mistério
Sobrevoando aquele lugar
Gotas caiam das folhas
Faziam as árvores chorar
Tinha um espaço vazio
Entre a terra e o ar
E as pedras amontoadas
Recebiam as águas
E devolviam ao mar.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Desdém - Roberto Rorigues de Menezes
Veio a noite - e o meu amor não veio.
Foi-se a noite - e o meu amor não foi.
Quando um ama, somente, este anseio,
é como água de um rio que só destrói.
Eu chamei, ela ouviu, mas foi embora.
Supliquei, ela viu, mas desdenhou.
A esperança que havia, sem demora,
virou triste avezinha que voou.
Que voou para plagas desditosas
e lá longe, seu ninho foi fazer.
Ela riu, sem pudores, desdenhosa.
Nesta vida não há como fazer
que o amor seja oferta dadivosa,
se alguém não se importa em nos querer.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Carnaval em Corumbá - Neide Elliot
A escola de samba Caprichosos de Corumbá foi a campeã do grupo de acesso do Carnaval 2011 de Corumbá. Com sete quesitos recebendo nota máxima dos jurados (bateria, harmonia e conjunto, ala das baianas, fantasias, alegorias e adereços, enredo e evolução e mestre sala e porta bandeira), a entidade somou 179,6 pontos, 9,9 a mais que a Acadêmicos do Pantanal, segunda colocada. A Major Gama foi a terceira e a Marquês de Sapucaí a quarta.
A Caprichosos encerrou o desfile do grupo 2, Jana madrugada de segunda-feira (07). A escola homenageou personalidades que deixaram a cidade e se destacaram em outras regiões. Proporcionando um belo espetáculo, a agremiação esbanjou alegria e descontração na Passarela do Samba. A agremiação, fundada em 29 de setembro de 2005, cantou e encantou a todos o seu samba enredo ‘Volta pra casa - Orgulho Pantaneiro, o progresso que chegou, de autoria de Pedro Jorge de Castro, o Pedrão, e João Batista de Silva e Souza.
Presidida por Arturo Ardaya, a Caprichosos fez um belo desfile, como previa o seu carnavalesco Kiro Panovitch. Desfilou com cerca de 950 pessoas, distribuídas em 12 alas e cinco carros alegóricos. Predominou suas cores vermelho, azul e branco e lembrou personalidades como Fadel Yunes, Bolívar Porto, Luis Cambará, Neide Elliot, Kid Noel, Alcides Bernal, Marisa Mujica, Paula Mihran, Orlando da Gaita, entre outros.
A Caprichosos encerrou o desfile do grupo 2, Jana madrugada de segunda-feira (07). A escola homenageou personalidades que deixaram a cidade e se destacaram em outras regiões. Proporcionando um belo espetáculo, a agremiação esbanjou alegria e descontração na Passarela do Samba. A agremiação, fundada em 29 de setembro de 2005, cantou e encantou a todos o seu samba enredo ‘Volta pra casa - Orgulho Pantaneiro, o progresso que chegou, de autoria de Pedro Jorge de Castro, o Pedrão, e João Batista de Silva e Souza.
Presidida por Arturo Ardaya, a Caprichosos fez um belo desfile, como previa o seu carnavalesco Kiro Panovitch. Desfilou com cerca de 950 pessoas, distribuídas em 12 alas e cinco carros alegóricos. Predominou suas cores vermelho, azul e branco e lembrou personalidades como Fadel Yunes, Bolívar Porto, Luis Cambará, Neide Elliot, Kid Noel, Alcides Bernal, Marisa Mujica, Paula Mihran, Orlando da Gaita, entre outros.
As Alas das Bahianas foi inspirada nas bonecas de
Neide Elliot
segunda-feira, 7 de março de 2011
MARIA MULHER - Susana Zilli
Maria guerreira,
Maria mulher,
De raça e de corpo,
Num rosto qualquer.
Maria da vida,
Mulher do mundo
Esqueces as angústias
Em questão de segundos.
São tantas mulheres,
São tantas Marias.
Mulher que irradia um manto de luz.
Maria dos homens e de todos os tempos,
Abençoada mãe de Jesus.
Maria mulher,
De raça e de corpo,
Num rosto qualquer.
Maria da vida,
Mulher do mundo
Esqueces as angústias
Em questão de segundos.
São tantas mulheres,
São tantas Marias.
Mulher que irradia um manto de luz.
Maria dos homens e de todos os tempos,
Abençoada mãe de Jesus.
quinta-feira, 3 de março de 2011
O perfume - Carlos Oliveira
Flores calmas e selvagens
Fazem recordar lembranças
Que estavam na memória!
O perfume enlouquece
Os sentimentos adormecidos
Na estrada dos sentimentos.
As pétalas formam tapetes
No decorrer da vida!
Minha amada te espero
Pra viver um grande amor
Entre o jardim de flores
Dançado aquela dança!
De tempos que já passaram.
Fazem recordar lembranças
Que estavam na memória!
O perfume enlouquece
Os sentimentos adormecidos
Na estrada dos sentimentos.
As pétalas formam tapetes
No decorrer da vida!
Minha amada te espero
Pra viver um grande amor
Entre o jardim de flores
Dançado aquela dança!
De tempos que já passaram.
quarta-feira, 2 de março de 2011
Das lidas e campereadas - Marcio Ribeiro
Gemendo e em pranto fui de manso saindo,
De onde queria ficar, ou jamais ter sido porteira adentro lançado,
Laçado pelo destino, rendido ao desconhecido,
Feito gente, feito o que crê adorno do Celeste.
Como estrela cadente que se lança céu abaixo, assim sou eu,
Falível ser, guerreando contra as ameaças do não-ser,
Sucateado nas lidas, cheirando ainda, a aurora da vida,
Vezes querida, pedra que se lapida,
Outrora temida, ferro que trepida.
Prostrado, sou apenas cisco que de ti caiu,
Espelho sujo, reflexo incerto, convexo procurando conserto,
Consertar-me, ah nem sei de que, nem sei para que,
Pois nas horas de pranto, nem sequer um canto,
Arrisco tecer, pois pra mim lucro é o morrer.
Sim! E estar junto ao Eterno,
Sem perder tempo, sem perder um sequer alento,
Afago em criança, beijo apaixonado na morena,
Pro fim, avisto a velha Estância, que um dia deixei, Pátria minha.
Então direi: - Levantai oh porteiras da minh’alma,
Para que entre o laçador que me deu vitória,
Cristo-Javé, Sopro impetuoso, Grande Rei da Glória.
Marcio Ribeiro 48 9957 0694
http://marcioribeiro75.blogspot.com/
De onde queria ficar, ou jamais ter sido porteira adentro lançado,
Laçado pelo destino, rendido ao desconhecido,
Feito gente, feito o que crê adorno do Celeste.
Como estrela cadente que se lança céu abaixo, assim sou eu,
Falível ser, guerreando contra as ameaças do não-ser,
Sucateado nas lidas, cheirando ainda, a aurora da vida,
Vezes querida, pedra que se lapida,
Outrora temida, ferro que trepida.
Prostrado, sou apenas cisco que de ti caiu,
Espelho sujo, reflexo incerto, convexo procurando conserto,
Consertar-me, ah nem sei de que, nem sei para que,
Pois nas horas de pranto, nem sequer um canto,
Arrisco tecer, pois pra mim lucro é o morrer.
Sim! E estar junto ao Eterno,
Sem perder tempo, sem perder um sequer alento,
Afago em criança, beijo apaixonado na morena,
Pro fim, avisto a velha Estância, que um dia deixei, Pátria minha.
Então direi: - Levantai oh porteiras da minh’alma,
Para que entre o laçador que me deu vitória,
Cristo-Javé, Sopro impetuoso, Grande Rei da Glória.
Marcio Ribeiro 48 9957 0694
http://marcioribeiro75.blogspot.com/
terça-feira, 1 de março de 2011
Se - Vera Portela
Se orquídea eu fosse
Beleza disseminaria.
Se pétala perdesse
Procuraria nos livros de poesia.
Se meu perfume não sentisse
Pediria ao vento que o alastrasse.
Se não percebesse minha cor
Convocaria a luz do sol e da lua.
Se meu toque não agradasse
Pediria gotas ao orvalho.
Se me esquecesse
Enfeitaria seu sonho com mil flores.
Beleza disseminaria.
Se pétala perdesse
Procuraria nos livros de poesia.
Se meu perfume não sentisse
Pediria ao vento que o alastrasse.
Se não percebesse minha cor
Convocaria a luz do sol e da lua.
Se meu toque não agradasse
Pediria gotas ao orvalho.
Se me esquecesse
Enfeitaria seu sonho com mil flores.
Deveria ser uma noite qualquer - Cristina Vianna
Deveria ser uma noite como outra qualquer... Uma noite escura e silenciosa. Sem estrelas ou sonhos.
Você chegou como uma dessas estrelas meninas, que surgem do nada, brotando do puro acaso...
Um pequeno ruído, alguns movimentos suaves e um olhar firme de quem veio sabendo que iria ficar.
Lá estava você iluminando o breu e invadindo sem consentimento minha solidão... Agora estou aqui, me perguntando: o que leva uma pessoa a ficar horas com o olhar fixo numa jardineira à espera de um segundo milagre? Desejando que tudo recomece como naquela bendita noite escura de inverno... Esperando por alguém que não vai chegar.
Amar dói muito, e amar sem poder explicar e ainda perder, dói mais ainda... É cruel essa impossibilidade, essa impotência diante da casualidade da existência, da subjetividade da vida, o instante em que a tempestade invade a alma, e nos afogamos na própria dor.
Quero voltar o tempo, acordar sem ter dormido, arrancar esse sei lá o que... que estou sentindo... Tento reduzir, não complicar ainda mais... Mas, você despede-se sem querer partir, como quem é empurrado para dentro do trem, e eu sem conseguir fazer você ficar, sem poder dizer nossa história... Algo ou alguém cruzou nosso destino e depois nos apartou contra nossa vontade, simplesmente decidiu por nós, talvez seja um desses acidentes absurdos da existência.
Tenho colecionado acidentes... E pronunciado muito a palavra: Adeus.
Você chegou como uma dessas estrelas meninas, que surgem do nada, brotando do puro acaso...
Um pequeno ruído, alguns movimentos suaves e um olhar firme de quem veio sabendo que iria ficar.
Lá estava você iluminando o breu e invadindo sem consentimento minha solidão... Agora estou aqui, me perguntando: o que leva uma pessoa a ficar horas com o olhar fixo numa jardineira à espera de um segundo milagre? Desejando que tudo recomece como naquela bendita noite escura de inverno... Esperando por alguém que não vai chegar.
Amar dói muito, e amar sem poder explicar e ainda perder, dói mais ainda... É cruel essa impossibilidade, essa impotência diante da casualidade da existência, da subjetividade da vida, o instante em que a tempestade invade a alma, e nos afogamos na própria dor.
Quero voltar o tempo, acordar sem ter dormido, arrancar esse sei lá o que... que estou sentindo... Tento reduzir, não complicar ainda mais... Mas, você despede-se sem querer partir, como quem é empurrado para dentro do trem, e eu sem conseguir fazer você ficar, sem poder dizer nossa história... Algo ou alguém cruzou nosso destino e depois nos apartou contra nossa vontade, simplesmente decidiu por nós, talvez seja um desses acidentes absurdos da existência.
Tenho colecionado acidentes... E pronunciado muito a palavra: Adeus.
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