Era mais uma noite fria e solitária,
e eu estava ali, sentada, calada,
ouvindo somente o bater acelerado
de meu coração.
Desorientada, sentei-me no canto de meu quarto
e ali fiquei.
Chorando, clamando, pensando.
Como o amor, uma palavra tão pequena,
Poderia ter efeitos tão grandes!?
E o coração? Por que eu sentia ele se apertar,
retraindo-se fortemente em meu peito,
Trazendo-me angústia, lembranças, sofrimentos, dor?
Como uma notícia de um casamento, deixou-me assim?
Talvez, a certeza de que te perdi pra sempre,
foi que mexeu tanto com minhas emoções.
Ah! Lembranças...
Recordações de tempos que não voltam mais...
Aqueles momentos, alguns ruins, como este,
Mas, outros de plena felicidade, me fazem pensar...
Nesse instante queria poder transportar-me para aquele exato momento.
Em que seus olhos castanhos,
que mais pareciam lindas amêndoas,
Olhavam fixamente na imensidão dos meus,
e eles transbordavam as mais lindas palavras.
Era apenas um olhar sincero e cintilante,
mas refletia todo o nosso amor.
Sua boca, perdição de meus lábios,
no encontro, torna-se um encaixe perfeito.
E sua voz, que em meus ouvidos mais parecia uma doce melodia dos anjos,
exclamava o quanto me amava.
E eu ali, em seus braços, sentia-me segura,
querendo que o tempo congelasse,
que o mundo fosse só você e eu.
Oh! Lembranças que me transportam ao passado...
Não sei se odeio estes momentos de nostalgia,
que me levam á uma época e lugar onde não estou mais,
Jogando em minha cara, a felicidade que TIVE
e que deixei escorrer por meus dedos.
Ou se fico grata por recordar-me momentos como este,
Que me mostram como um dia eu fui feliz, amei e fui amada.
Talvez amei muito mais, porém, a vida continuou...
Amores vêm, amores vão,
O que fica além da dor? Das lembranças?
Talvez a experiência? O amor, para quem continua?
Perguntas sem respostas que nem os anos conseguiram responder.
O melhor amigo do coração partido é o tempo,
pois só ele é capaz de aliviar as feridas que a vida deixou.
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