sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Cacupé - Paulo Fernandes

“CACUPÉ” (1)


A existência de ondas é coisa pouca,
A calmaria é plena e maravilhosa.
As luzes da cidade são uma coisa “louca”;
Refletem imagem inusitada e engenhosa!

O verde - abundante e fantástico;
A água - uma relíquia cristalina;
O sol - ora brando, ora cáustico;
A brisa - permanente e divina.

Natureza encantada e gente carinhosa,
Retratam uma cena pitoresca;
Ensejam uma vida generosa,
E uma convivência principesca!

A iniciativa de saudável caminhada,
No pôr do sol ou no fim da noite,
Em harmonia com a mulher amada,
A troca de beijos... é um açoite!

O “Caminho para a Leitura” (2) tem mais sabor,
É inesgotável enlevo para a alma.
Nas manhãs de imenso frescor,
Principia o dia com instigante calma!

A espera no “Terminal Integrado” (3),
Momentos de ternura e afeição,
Curtindo o que fora programado,
Sem pressa e absoluta estupefação!

Sonia, presença singular e apaixonada,
(da Leda - a saudosa distância).
Dos netos, a ausência indesejada,
Em todos – do amor a maior constância!

Arrebatado por este sentimento que pulsa,
Dádiva sublime por Deus concedida,
Almejava não esta história avulsa,
Mas atitude consciente para toda a vida!


(1) Praia no litoral de Florianópolis.
(2) Autor: Marcos de Castro, Livraria Record, 2005.
(3) Terminal de ônibus urbano em Florianópolis.




Cacupé(SC), 01/11/2010.

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