Vós que sois o Original
E nos reflexos se esvai
Vós que sois o Mar
E a pequena gota vacilante
Vós que sois o Verbo
E a trêmula voz na garganta da criança
Vós que sois o Sol
E a diminuta faísca que tremula
Vós que sois o Vento
E a brisa sorrateira e insipiente
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Vós que sois o Céu e a Terra
. . . o quadrado e a esfera
que sois o criador e a Fera
. . . o que será e o que já era
que sois a Caça e o caçador
. . . o medo e o consolador
que sois o Anzol e a Isca
. . . o olhar e a vista
que sois o espelho e seu reflexo
. . . o mistério e seu nexo
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Vós que sois a VOZ - VOZ que sois Vós
Dá-me um simples versículo
E tal qual Arquimedes*
. . . moverei o mundo! ! !
* Alusão à frase do matemático grego Arquimedes:
"Dêem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo".
Poema classificado no Concurso de Poesia do Sinergia
Um comentário:
Paulo, poeta, parabéns! Belíssima poesia: profunda, e muito adequada para esse momento de reflexão de Páscoa. Merecida classificação no concurso.
Abraço,
Lílian Manara.
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