domingo, 20 de maio de 2012


MÃE - Susana Zilli

No vazio da sala,
afazeres e solidão.
Rainha do lar,
rainha sem lar,
embala o futuro
no embalo dos outros
que passaram.
Seu coração não tem dia,
seu sorriso é reino de amor.
Mais tarde, quem sabe,
voltarei a esta casa
para me nutrir de esperanças,
na certeza de que jamais
ficarei sozinha.


domingo, 13 de maio de 2012

Sinto uma grande alegria em ver todos reunidos na biblioteca, com a presidência da nossa querida amiga e Diretora de Cultura e Eventos, Hiamir Polli. Posso ver a alegria nos olhos de cada um de vocês. Seja bem vinda Idê! Sentimos sua ausência nas reuniões. Esperamos contar com sua presença sempre













domingo, 6 de maio de 2012



 
A Borboleta Leonor    -   Julio Cesar Gentil

(uma estorinha poética sobre as relações entre os seres naturais)


Eis que se abre o casulo
e num momento de esplendor,
bate as asas a voar
a borboleta Leonor.

Ela sai do galpão escuro
pela greta da janela
e voa por cima do muro,
a borboleta amarela.

A borboleta amarela
que se chamava Leonor,
voava maravilhada
e pousava de flor em flor.

Ela batia suas asinhas,
estava feliz da vida...
E na floreira da varanda
pousou sobre a margarida.

Deu dois beijinhos na flor
e voou para outro lugar,
mas no meio do caminho
viu a flor do maracujá.

Ela ficou apaixonada
pela florzinha singela.
Deu-lhe um beijo e saiu a bater
as suas asas amarelas.

A borboleta Leonor
estava encantada com o mundo
e sentia uma alegria
despertada lá do fundo...

Do fundo do coração
da borboleta Leonor,
que voava satisfeita
de uma flor para outra flor.


Um doce e suave perfume
atraiu a borboleta,
que encontrou no alpendre
um vaso de violetas.

Quando uma borboleta
pousa sobre uma flor,
ali se estabelece
uma relação de amor.

A borboleta Leonor
continuou a voar...
E sentia os aromas
de outras flores pelo ar.

Quando a Leonor repousou
sobre as pétalas da onze-horas
um suave odor perfumou
os rumos da sua estória.

Ela voava deslumbrada,
a acrobática borboleta,
e esqueceu, a desnaturada,
que é filha da mãe-natureza.

A borboleta foi a larva
que do casulo nasceu
e agora batia asas
no mundo que Deus lhe deu.

Ela voa, voou, voava...
A voadora donzela,
e refestelava pelo ar
as suas asas amarelas.

Quando achou ter ganho o céu,
foi o fim do seu caminho:
a borboleta virou alimento
no bico do passarinho
que voou de papo cheio,
p’ro conforto do seu ninho.



P.S.: O poema, “A Borboleta Leonor”, não foi criado por mim. Ele foi criado pela própria borboleta que ao sair de dentro de um galpão escuro, numa manhã luminosa de primavera, contou-me toda a sua estória enquanto esvoaçava pelo ar as suas asas amarelas. Eu apenas escrevi o poema e dei um nome à borboleta.