Dia após dia surge, em nossos corações
uma incerteza que cresce, grita e transborda
fazendo brotar um espaço entre nós.
Repensamos, corremos, quase nos atropelamos
e esta incerteza crescente magoa,
não deixando que o amor surja.
Confiança que vem e vai,
um medo tão ameaçador de se entregar,
de aceitar o que é diferente,
que se torna em indiferença,
medo este que só afasta, abala,
maltrata, magoa e destrói aquilo
que num sorriso amigo,
num olhar sereno brotava
como uma flor em um imenso campo verde.
A chuva vem, molhando suas pétalas sensíveis
que persistem em permanecer,
acreditando que o amanhã será melhor,
mas anoitece e o orvalho cai na madrugada
trazendo na solidão a indiferença.
Ao amanhecer, a flor permanece lá, solitária, intacta.
Dias se passam até que alguém perceba
a beleza da flor e a colhe para entregá-la
ao seu grande amor, e aquela flor
que pensava ser indiferente
faz diferença em um mundo necessitado de amor.
4 comentários:
Nossa, Andrea, que profundo o que escreveste.
Me pegou bem no coração e mexeu comigo.
Obrigada!
Abraço,
Lílian Barreto Manara
Obrigada pelo comentario.
Fico feliz que tenhas gostado.
Andrea
Cara Andrea, nada como uma flor, simples e bela, perfumada e natural para encantar a todos. Diante dela a indiferança se desfaz,pois "faz diferença em um mundo necessitado de amor".
Parabéns!!
Olá Andrea
Quando nos dará a honra de declamar este poema em uma das reuniões da ACPCC. A propósito, a próxima é dia 11 de setembro.
Augusto
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